Criatividade na colagem: sua validação social

  • Jul 26, 2021
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Criatividade na colagem: sua validação social

A pesquisa sobre criatividade na tarefa de colagem no campo da Análise Comportamental, tem encontrou problemas na interpretação de dados empíricos devido a inconsistências lógicas de ordem conceptual. A concepção e mensuração do fenômeno foram baseadas em definições a priori dos componentes da criatividade na atividade de Colagem, feita a partir dos fatores propostos por Guilford (1959) e Torrance (1962), a saber: Fluência, Elaboração, Flexibilidade e Originalidade.

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Índice

  1. Introdução
  2. Marco conceitual
  3. Dificuldade
  4. Método
  5. Resultados
  6. Conclusões

Introdução.

Uma artefatualidade foi evidenciada entre as definições dos fatores Fluência e Elaboração que determina uma relação inversamente proporcional entre as duas medidas, o que não permite observar efeitos variáveis ​​inequívocas de variáveis ​​independentes e torna difícil identificar os efeitos de generalização e transferir. A presente pesquisa teve como objetivo realizar um estudo de Validação Social dos critérios definidores e característicos do

Comportamento criativo na tarefa de colagem, perseguindo como objetivos específicos, 1) explorar a existência de critérios sociais para avaliar o componente criativo na tarefa de colagem, e 2) Avalie se esses critérios corresponderem às medidas usadas até agora para registrar o criativo na colagem.

Para isso eles entrevistaram cinco (5) assuntos especialistas na área de design gráfico, publicidade e criatividade, três (3) homens e duas (2) mulheres, com idades compreendidas entre os 26-38 anos. UMA análise de conteúdo das ditas entrevistas evidenciou a existência de critérios sociais para avaliar o comportamento criativo na colagem, como o originalidade, complexidade, harmonia, fluidez, uso da cor, tema, equilíbrio dos elementos e experiência anterior. Alguns desses critérios coincidem com os fatores de Artesanato, Originalidade e Flexibilidade. O fator Elaboração foi destacado por sua importância, enquanto o fator Fluência foi classificado como irrelevante para a avaliação da criatividade na tarefa de Colagem.

Marco conceitual.

O estudo da criatividade tem sido um trabalho muito complexo que tem despertado interesse educacional, ocupacional, organizacional e científico e tem sido abordado a partir de múltiplas perspectivas. Esta variedade de contextos em que a pesquisa de criatividade ocorreu gerou uma grande quantidade de as definições dependem dos fundamentos teóricos e filosóficos da abordagem, bem como dos interesses metodológicos.

Dentro da psicologia encontramos um panorama muito semelhante, caracterizado pela diversidade de concepções sobre o fenômeno, bem como uma intensa preocupação em chegar à tecnologia necessária para introduzir a criatividade como um comportamento objetivo do processo de ensino.

A falta de uma definição clara e precisa parece ser responsável pela dificuldades conceituais, metodológicas e tecnológicas com os quais o estudo rigoroso do comportamento criativo tem sido confrontado, o que mostra a necessidade de continuar a investigar a concepção e intervenção desse comportamento.

Dentro da orientação psicométrica e a partir de 1950, embora a concepção de criatividade não esteja totalmente desvinculada do conceito de QI, ela passa a considerada como um processo imerso na percepção dos problemas e na busca de soluções, o que implicava que todos os sujeitos pudessem oferecer soluções criativas, apenas em diferentes graus. Nessa linha, Guilford (1959) apóia o estudo da criatividade abordando a teoria das diferenças individuais.

Desta forma, Guilford (1959) considera o criatividade como atividade intelectual que faz parte do que ele chama de “pensamento divergente”, entendido como aquele pensamento que, diante de um determinado problema, pode formular várias respostas alternativas, em oposição ao que seria o "pensamento convergente" que ocorreria quando apenas uma solução é possível determinado. Um problema típico de pensamento convergente seria encontrar o resultado de uma operação algébrica, que seria um número preciso, enquanto um A questão que o pensamento divergente implicaria seria sugerir vários usos para um clipe, o que implicaria uma forma mais aberta e imprecisa de pensei.

Com base nessas premissas, Guilford (1959) define criatividade como uma forma de pensamento que é desencadeada em um sujeito como consequência percepção de um problema e que possui vários componentes, que foram descritos pelo autor a partir de uma análise fatorial:

  1. Sensibilidade: entendida como a capacidade de ver problemas e reconhecer as dificuldades de uma situação.
  2. Fluência: está relacionado à fertilidade de idéias ou respostas geradas a uma situação. Refere-se ao aspecto quantitativo, em que a qualidade não é tão importante desde que as respostas sejam relevantes.
  3. Flexibilidade: pode ser identificado como o aspecto qualitativo da criatividade. É a capacidade de se adaptar, redefinir, reinterpretar ou adotar uma nova tática para chegar a uma solução.
  4. Elaboração: Refere-se ao grau de desenvolvimento implícito nas ideias produzidas, corroborado pela riqueza e complexidade demonstrada na execução de determinadas tarefas.
  5. Originalidade: refere-se à frequência mais baixa de uma resposta em uma determinada população. A solução gerada deve ser única ou diferente das encontradas anteriormente.
  6. Redefinição: entendida como a capacidade de definir ou perceber objetos ou situações de forma diferente da usual, poderia refletir o que comumente se chama de "improvisação".

Para estabelecer a relação entre esses fatores e traços intelectuais, o autor incluiu Sensibilidade a Problemas na categoria Avaliação; o fator de redefinição na categoria de pensamento convergente e fluência, flexibilidade, originalidade e elaboração como parte de pensamento divergente, portanto, esses quatro fatores têm atraído mais atenção nas pesquisa.

Torrance (1962) define criatividade como o processo de descobrir problemas ou lacunas de informação, formar ideias ou hipóteses, testá-las, modificá-las e comunicar os resultados. Ele atribui à criatividade um caráter de habilidade global e redefiniu os fatores propostos por Guilford da seguinte forma:

  • Fluência: produção de um grande número de ideias.
  • Flexibilidade: produção de uma ampla variedade de idéias.
  • Elaboração: desenvolvimento, embelezamento ou embelezamento de uma ideia
  • Originalidade: uso de ideias que são incomuns.

O estudo da criatividade na perspectiva comportamental tem contribuído muito em termos de sua avaliação, mensuração e treinamento, o que é evidenciado nas revisões feitas por autores como Goetz (1982) e Winston e Baker (1985) sobre as pesquisas realizadas nos últimos 20 anos (Lacasella, 1998).

Dentro desta abordagem, a pesquisa sobre comportamento criativo começou a partir do estudo de várias modalidades de resposta e cobriu três áreas principais: habilidades psicomotoras, linguagem e expressão plástica. No primeiro, as modalidades de resposta estudadas foram a construção com blocos, a improvisação com ferramentas e a linguagem corporal. Em relação à linguagem, as modalidades de resposta trabalhadas incluem escrever histórias, associar palavras e ilustrar conceitos por meio da escrita. Por fim, na área da expressão plástica, a pesquisa tem se concentrado em modalidades de resposta, como o desenho com lápis de cera, marcadores, estênceis ou têmpera, pintura de cavalete e colagem, sendo esta última a de interesse de nossa estudar.

Em uma extensa revisão de Lacasella (1998) da pesquisa que tem sido realizada sobre criatividade no campo da A Análise Comportamental revela que quase todos eles basearam suas medidas de criatividade nos fatores descritos por Guilford (1959) e Torrance (1960), embora os comportamentos tenham sido sistematizados para cada uma das modalidades de resposta (desenho, pintura, colagem, etc.) utilizadas por cada autor.

Criatividade na colagem: sua validação social - Estrutura conceitual

Dificuldade.

A maior parte do trabalho realizado nesta área foi encontrado com dificuldades no nível conceitual Da investigação. Os estudos realizados sobre comportamento criativo compreendidos especificamente em relação à tarefa de colagem e que utilizaram definições topográficas de comportamento baseadas nos fatores descritos por Guilford (1959) e Torrance (1962), ou seja, Fluência, Flexibilidade, Elaboração e Originalidade partiram, portanto, da definição a priori dos elementos que devem ser levados em consideração para a mensuração de tal conduta. Como sugere Lacasella (1995), uma análise profunda desses estudos revela incongruências lógicas que dificultam a interpretação dos dados empíricos. obtidos e questionam a validade das definições utilizadas, uma vez que tornam discutível a consideração de que o criatividade.

Uma abordagem na área consistia em avaliação experimental de dois tipos de contingências de reforço em alguns componentes do comportamento criativo em Collage realizado por Lacasella (1987). Além das conclusões derivadas dos dados empíricos que obteve, apontou também algumas conclusões de natureza conceitual em relação a uma interação encontrada entre os fatores Fluência e. Elaboração que dificultou observar os efeitos inequívocos da variável independente, bem como avaliar a generalização da resposta a outros fatores, principalmente a Originalidade.

Essa interação inevitável parecia ser devida a uma dada artefatualidade conceitual entre esses fatores, uma vez que tais Conforme definido pelo pesquisador, o aumento de um deles acarretou necessariamente na diminuição do outro. Resultados semelhantes foram obtidos em trabalhos posteriores dessa linha de pesquisa que partiram das mesmas definições dos fatores propostas por Lacasella (1987). Nomeadamente, com base nos fatores descritos por Guilford (1959) e Torrance (1962), Lacasella (1987) elaborou a definição deles em relação específica à tarefa de colagem da seguinte forma:

  • Fluência: número de combinações em cada sessão de colagem.
  • Flexibilidade: número de usos diferentes de cada figura, em combinação, em todas as colagens.
  • Elaboração: número de figuras usadas em cada combinação.
  • Originalidade: número de novas combinações em todas as sessões.

Nessas definições, combinação foi entendida como o uso de duas ou mais figuras para produzir uma forma diferentes, que devem ser sobrepostos ou, pelo menos, existir entre eles uma distância não superior a um centímetro. Para ilustrar a artefatualidade que ocorre entre os fatores Fluência e Elaboração, poderíamos analisar o seguinte exemplo: um total de 20 figuras foram entregues ao individual, a pontuação máxima que pode ser obtida na Fluência é de 10 pontos, pois é o maior número de combinações que podem ser feitas com 20 dígitos, ou seja, 10 combinações de 2 figuras cada, portanto, simultaneamente o indivíduo está obtendo a pontuação mínima possível na Elaboração, uma vez que utilizou apenas 2 figuras em cada combinação.

Com o objetivo de solucionar o problema, Lacasella (1995) realizou um estudo de validação social dirigido para determinar quais são os critérios usados ​​pela comunidade social para avaliar um produto como criativo. Os resultados mostraram a existência de alguns critérios que norteiam a avaliação da criatividade na Colagem, algumas delas coincidindo com as propostas por Guilford (1959) e Torrance (1962) das seguintes Maneira:

  • Fluência: número de formas que executa.
  • Elaboração: Complexidade da colagem.
  • Originalidade: capacidade de executar formas inesperadas.

Este autor fez uma primeira tentativa de esclarecer a definição de comportamento criativo na tarefa de Colagem, oferecendo alguns insights sobre a concepção dos elementos que a constituem. Parece que, de fato, os fatores descritos por Guilford (1959) e Torrance (1962) são elementos definidores desse comportamento, mas são como foram definidos até agora? especificamente em relação à tarefa de colagem? A Elaboração definida socialmente como complexidade de colagem refere-se necessariamente ao número de figuras usadas em cada combinação, por exemplo? E, portanto, a interpretação dos dados empíricos obtidos até o momento está em fiel correspondência com o fenômeno da criatividade?

Para responder a essas perguntas, consideramos que a Validação Social seria um procedimento útil para esclarecer a definição especifica os fatores que devem ser levados em consideração para a mensuração do comportamento criativo na tarefa de colagem, já que como Lacasella aponta (1998),

“A validação social como procedimento é uma forma que permite o esclarecimento dos comportamentos e / ou habilidades necessárias para descrever um fato científico, uma vez que sua definição não apenas responde a um problema científico, mas também deve refletir o cânones estabelecidos pela sociedade, que em última instância decide quando um comportamento é relevante ou não, criativo ou não... "(p. 22-23).

Especificamente, os objetivos perseguidos eram a) explorar a existência de critérios sociais avaliar o componente criativo na tarefa de colagem eb) avaliar se esses critérios coincidem com as medidas utilizadas até o momento para o registro da criatividade na colagem.

Método.

Para isso, cinco (5) especialistas na área de design gráfico e artes plásticas como designers gráficos, artistas, criativos de publicidade e psicólogos contatados em empresas de design e empresas de publicidade. As entrevistas foram realizadas de acordo com um formato semiestruturado, elaborado seguindo uma abordagem de funil, ou seja, seguindo uma sequência que se inicia. de questões gerais e continua com itens mais restritos, evitando assim que as primeiras questões preparem as respostas posteriores do entrevistado.

Os membros do júri foram entrevistados em seus respectivos locais de trabalho, tendo concordado em marcação em anterior contacto pessoal ou telefónico. Os objetivos fundamentais da investigação foram explicados a eles em linhas gerais e uma amostra do material que havia sido usado em estudos de criatividade na Collage, na forma de produtos feitos por alguns alunos do sexto ano do ensino fundamental Básico

As entrevistas foram realizadas pelos experimentadores e gravadas em fitas de áudio. Uma vez realizadas, essas foram transcritas e as informações posteriormente esvaziadas em formatos especiais de análise de conteúdo que permitiram o registro e a análise dos dados.

Resultados.

1) Análise do conceito de criatividade

A primeira pergunta da entrevista foi: O que é criatividade para você? Nele, o entrevistador teve que investigar principalmente o conceito genérico e a referência à novidade. A maioria dos especialistas concordou que a criatividade encontra sua origem em um aspecto inato do ser humano, que se refere a necessariamente à originalidade e que se relaciona com a resolução de problemas não só no campo das artes plásticas, mas também na vida. todo dia. A tabela a seguir apresenta um resumo das informações obtidas por meio desta questão:

Tabela 1. Elementos considerados na definição de criatividade

Elementos considerados Proporção de especialistas que se referiram ao elemento

para. A criatividade é um aspecto inato 3/5

b. Criatividade é fazer algo novo em referência ao que já existe 5/5

c. A criatividade não se limita ao domínio das artes 3/5

d. A criatividade é um processo que envolve a resolução de problemas 4/5

2) Análise do conceito de colagem:

A segunda pergunta da entrevista foi: Como você define o Collage? A maioria dos especialistas entrevistados concordou em defini-lo como um produto feito de vários componentes que lhe permitem cumprir uma função. A Tabela 2 resume as informações obtidas por meio desta questão:

Mesa 2. Elementos considerados na definição de colagem.

Elementos considerados Proporção de especialistas que se referiram ao elemento

A colagem é uma conjugação de elementos 5/5

A colagem cumpre um objetivo ou função 4/5

3) Análise dos critérios de avaliação da criatividade na colagem:

Para este momento da entrevista, o entrevistador apresentou aos especialistas os produtos da atividade de Colagem realizada por crianças do 6º ano do Ensino Básico. Em seguida, foi feita a terceira pergunta: Quais são os critérios que você usaria para avaliar a criatividade no Collage? Nele, o entrevistador deveria investigar a referência aos fatores descritos por Guilford e Torrance. Foram obtidas várias opiniões e uma variedade de critérios a considerar para a avaliação da criatividade na colagem, sem No entanto, a maioria dos entrevistados concordou em considerar a originalidade e a complexidade os aspectos mais importantes. importante. A tabela a seguir resume as informações obtidas por meio desta pergunta:

Tabela 3. Critérios considerados para avaliar a criatividade na colagem.

Critérios considerados Proporção de especialistas que se referiram ao critério

Originalidade 5/5

A complexidade da colagem 4/5

Tempo 2/5

Abstração ou simbolismo da colagem 2/5

Significado da colagem 2/5

Harmony 2/5

Fluência 1/5

Uso da cor 1/5

1/5 Temático

O saldo 1/5

Experiência anterior do sujeito 1/5

4) Análise das opiniões dos especialistas sobre as medidas utilizadas em psicologia para a avaliação da criatividade na colagem:

O experimentador apresentou aos especialistas uma visão geral da descrição dos fatores que de acordo com Guilford (1959) e Torrance (1962) constituem a criatividade, por meio de apresentar e comentar as medidas definidas por Lacasella (1987) em relação à tarefa de Colagem. Em seguida, foi feita a seguinte pergunta: o que você acha dessas definições? As respostas dos entrevistados foram variadas, embora a maioria tenha concordado em referir a Elaboração como um fator relevante. A tabela a seguir apresenta um resumo das informações obtidas por meio desta questão:

Tabela 4. Opiniões de especialistas sobre as medidas utilizadas em psicologia para avaliação da criatividade em colagem.

Opiniões anotadas Proporção de especialistas que se referiram à opinião

A elaboração é um fator importante 5/5

Não conformidade com o fator de fluência 5/5

Não cumprimento da definição de Elaboração 1/5

A flexibilidade é um fator relevante 4/5

Originalidade é um fator importante 1/5

Concordância geral com todos os fatores 2/5

Discordância com a precisão das medições 2/5

5) Análise das opiniões que os entrevistados contribuíram para resolver o problema de artefatualidade que ocorre entre as definições de Fluência e Elaboração:

Por fim, o entrevistador explicou o problema da artefatualidade conceitual presente entre as definições dos fatores Fluência e Elaboração. proposta por Lacasella (1987) na medida da criatividade em Colagem, que foi exemplificada por meio das Colagens trabalhadas na entrevista. A quinta pergunta era: o que você considera? Você tem alguma sugestão? Os especialistas entrevistados forneceram várias sugestões para resolver este problema conceitual e todos concordaram modificar ou eliminar a medida de Fluência, a maioria deles argumentando a impossibilidade de observar este fator na tarefa de Colagem. A tabela a seguir resume as informações obtidas por meio desta pergunta:

Tabela 5. Opiniões de especialistas sobre o problema de artefatualidade presente entre os fatores de Fluência e Elaboração

Opiniões anotadas Proporção de especialistas que se referiram à opinião

Modifique a definição do fator de fluência 5/5

Impertinência do fator Fluência como medida de criatividade na colagem 3/5

O fator de fabricação é a medida mais importante 2/5

Concordância com a definição do Fator de Fabricação 2/5

Criatividade na colagem: sua validação social - Resultados

Conclusões.

Com relação ao conceito de criatividade, aparentemente, o aspecto mais importante deste fenômeno responde a a novidade do produto criativo e de acordo com o júri, consiste em uma capacidade inata dos indivíduos que pode ser desenvolvida a partir do prática cotidiana, cujo exercício não se limita ao campo das artes e que envolve um processo de resolução de problemas. Além disso, a colagem não é apenas uma forma de expressão gráfica para cuja execução são utilizados vários materiais, mas também prossegue um objetivo ou função.

De acordo com os resultados obtidos por autores como Ryan e Winston (1978), Lacasella (1995), Villoria (1989) Antor e Carrasquel (1993), Chacón (1998) e Marín e Rattia (2000), o procedimento de Validação Social foi um instrumento eficaz para identificar que existem critérios sociais que julgam um produto como criativo e decidem o validade social da concepção científica dos fatos, por isso foi um procedimento útil para estimar e definir um fenômeno tão complexo como Criatividade e fatores associado a isso.

Além disso, constatou-se que muitos dos aspectos apontados pelos especialistas como relevantes na identificação da criatividade, coincidem com os fatores considerados importantes na definição deste fenômeno em algumas correntes de pesquisa em psicologia. Esses resultados são consistentes com os obtidos por Lacasella (1995), em cujo estudo de Validação Social evidenciou-se a alusão dos experts a elementos relevantes da criatividade relacionados à a novidade, fluidez, elaboração e flexibilidade de ideias.

Especificamente em relação à tarefa de colagem, uma indagação sem precedentes se aproxima, em nosso estudo verificou-se que alguns dos aspectos apontados pela Os especialistas estão de acordo com a maioria das medidas utilizadas até agora para registrar a criatividade nesta tarefa, como a Elaboração, Originalidade e Flexibilidade.

Também, aparentemente o fator de Elaboração é muito relevante e válido para a medição do comportamento criativo em colagem. Da mesma forma, os especialistas não apresentaram objeções à definição dos fatores de Originalidade e Flexibilidade.

Porém, o fator de fluência foi excluído dos referidos critérios sociais já que a maioria dos especialistas considerou irrelevante para a avaliação desse comportamento no caso da atividade de colagem.

Em relação à resolução da artefatualidade conceitual presente entre as definições dos fatores Fluência e Elaboração como componentes do comportamento criativo Na tarefa de colagem, verificou-se que apesar de a fluência figurar como um componente a ser considerado na avaliação da criatividade, todos os especialistas destacou a necessidade de modificar a definição do fator Fluência em relação à tarefa de Colagem por não corresponder a este fenômeno em um válido.

Além disso, a maioria dos especialistas indicou que considera que o fator Fluência em si não é muito válido para medir o criatividade no caso da tarefa de colagem, que alude à impossibilidade de definir este componente de forma mensurável ou ser observada. Por esse motivo, eles recomendaram descartar o fator Fluência como medida desse comportamento.

Por fim, entre as recomendações mais importantes deste trabalho, a precisa expandir o campo de pesquisa em relação ao fenômeno da criatividade, dada a necessidade de abordar o processo e não apenas o produto ou talvez incorporar o estudo da linguagem, que pode abrir novas portas para a compreensão de comportamentos complexos como a criatividade.

Este artigo é meramente informativo, em Psychology-Online não temos competência para fazer um diagnóstico ou recomendar um tratamento. Convidamos você a ir a um psicólogo para tratar de seu caso particular.

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