Por que nos apaixonamos quando menos temos, quando menos temos

  • Jul 26, 2021
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Por que nos apaixonamos quando menos somos, quando menos temos

Pode parecer uma desanimadora intenção de amor, numa época em que o amor é oferecido como medida salvadora dos males sofridos por milhões de seres humanos. Tudo o que você precisa é amor continua a ser oferecido como uma fórmula mágica medieval que acabará com todos os tipos de dor. O amor pode fazer tudo, é dito de muitos lados. Seria preciso estar mais atento às fontes de mercado instaladas nos meios de comunicação que impulsionam tendências para as populações viverem felizes com base no amor.

Neste artigo do PsychologyOnline, abordamos a questão de por que nos apaixonamos quando menos somos, quando menos temos.

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Índice

  1. O que é o amor
  2. Diferença entre amor e paixão
  3. Fracasso e paixão
  4. Paixão como mercadoria

O que é o amor.

Sem dúvida o termo amor é polissêmico, não aquele que circula no imaginário do Ocidente e que lhe confere uma série de caracteristicas com indubitavelmente pequenos elementos racionais:

  1. O amor chega, aparece ou é procurado. Essa noção se insere na fantasia de acesso a experiências afortunadas que modificam substancialmente a existência de quem as vive. É encontrar o tesouro no final do arco-íris, mergulhar nas profundezas da alegria e outras alusões, ao invés de De qualquer forma, eles colocam o sujeito amoroso em uma condição passiva, apesar de seus impulsos para chegar ou explorar o precioso ouro, o amor.
  2. O amor leva à felicidade. É visualizado como um objeto que gera emoções agradáveis. Espera-se que afaste os aspectos negativos da vida como se fosse um feitiço de proteção contra a infelicidade. Se há amor, o resto não importa porque a alegria está garantida.
  3. O amor cura. Aqui, ele desempenha um papel corretivo. Os problemas são resolvidos com a chegada do amor. Portanto, ele atua como um agente de cura. É capaz de restaurar a saúde assim que aparece. Sobre esta função se infere uma origem religiosa, visto que esta perspectiva é a que mais ocupa espaço ao entrar nas várias esferas humanas, como na família e nos círculos de amigos. Entre outros conceitos ...

Diferença entre amor e paixão.

Também distingue entre amor e paixão como diferentes estados ou condições. O primeiro encontra-se nos aspectos da vida humana, tendo certa expressão genérica de bem-estar, sofre de grande imprecisão quando ser colocado na dimensão próxima do natural, perdendo-se de vista o facto de se tratar de uma construção predominantemente histórica, apesar da sua semelhança com os fatores biológicos das espécies que agregam geneticamente os espécimes para diferentes funções: proteção, acasalamento e reprodução. Dar amor ou sentir amor leva a reconhecer um alto valor em alguém ou algo.

O paixão, por sua parte, causa distúrbios regulares na vida dos assuntos pela importância atribuída a alguém ou a alguma coisa. É, sem dúvida, um comprometimento das funções perceptivo-sensoriais que oscilam entre o prazer e a dor. É comumente vivenciado de acordo com referenciais sociais, embora a presença das imagens ofertadas, como mencionado, pela mídia de massa, levou a estereótipos promovidos por meio do marketing. Por meio de indução hipnótica, mensagens de paixão são emitidas permanentemente como uma circunstância de fortuna. Gênero literário por excelência do capitalismo, o romance, muitas vezes tem essa missão, fazer com que se apaixonar seja uma força e uma meta. O comportamento no amor é apresentado como o resultado da ingestão de nutrientes que fortalecem a vida, ou a representam no sofrimento.

O A busca pelo amor é confundida com a busca pelo amor. Os rostos são exibidos atormentados por não satisfazerem o que seus impulsos lhes ditam e que se deduz seja o amor. Erick Fromm em sua famosa obra A arte de amar afirma que apaixonar-se é a expressão fiel das estruturas afetivas do sujeito. Ele se apaixona de acordo com o que foi vivido, o que foi vivido, sem dúvida, um contra-sentido seria entender o equivalente a se apaixonar por um vírus que vem de um lugar não específico.

Claro que a paixão vem para potencializar várias capacidades em assuntos: tolerância, enfrentamento das adversidades com atitudes de maior porte, reconhecimento da vida como valor supremo, entre outros; Porém, em muitos casos, esse não é o caso, principalmente quando as pessoas sofrem a constante frustração de não atingir a série de expectativas geradas em sua história de vida.

Quem consegue se ativar pela experiência do enamoramento não o faz por esse fator, em geral possui uma estrutura construtiva inusitada. Em outras palavras, paixão impactos de acordo com a montagem emocional dos sujeitos o que condiciona seu desenvolvimento a partir das circunstâncias de satisfação. Não são invocações que promovem textos de autoaperfeiçoamento, cuja insistência para que as pessoas sejam felizes apesar de suas deficiências, nada mais são do que álibis para a desigualdade social; mas a realização sólida de transformações que cumprem parte de seus desejos. Alcançar uma parte importante do que se espera na vida é um estado vital para se apaixonar de uma forma menos trágica. Não é a mesma coisa que se apaixonar estando desempregado do que dirigir uma organização.

O sucesso está, sem dúvida, ligado às respostas dadas na experiência de apaixonar-se, apesar disso, também está É uma área específica da vida humana que pode ser mal atendida, enquanto em outras é fortalece. Porém, a tendência não é que pessoas com notável desenvolvimento econômico, profissional, social ou qualquer outro se percam ao se apaixonar. Eles quebram porque amam alguém loucamente e põem de lado seu império. Não, em geral, aqueles que ficam mais fora de controle ao se apaixonar são quem tem o mínimo, que menos foram transcendidos. Aqueles que menos realizaram processos de construção em alguma esfera da criatividade humana. A circunstância expressa em sorte em dinheiro; azar no amor é quase um mito, quando surge é temporariamente ou em extremos de abandono afetivo. Por transcender o olhar social, é colocado sobre a pessoa que o realiza. Nesse sentido, o pouco valor afetivo e a pouca relevância social em se apaixonar por assuntos que se desenvolvem em outras áreas são antes um fenômeno e não um acontecimento regular.

Por que nos apaixonamos quando menos somos, quando menos temos - Diferença entre amor e paixão

Fracasso e paixão.

Ao contrário dos hipotéticos benefícios de se apaixonar onde vivê-los supõe ter obtido uma conquista, o frequente é o aparecimento de deficiências que ironicamente não se encobre apaixonando-se, pois as emoções do bem-estar basicamente preenchem os vazios, não os completam, mas os encobrem. A ligação entre a intensidade do prazer de se apaixonar e seus estados de realização permanece inversamente proporcional, quanto menos experiência de atingir objetivos, maior grau de paixão, encontrando em tal fato, um conjunto de sensações que ofuscam necessidades não satisfeitas, especificamente aquela que exige reconhecimento e aceitação Social. Desejos insatisfeitos, auto-demandas insatisfeitas de transcendência, fantasias de um futuro melhor que ainda não começou, a expectativa de felicidade colossal, imagens realização estereotipada, ascensão a picos fora do alcance dos mortais, enorme acumulação de capital, transbordando fama, entre várias outras perspectivas para os tempos vir.

A não materialização das aspirações tende a ser orientada de duas maneiras: objetivos são aumentados ao esbarrar na sua impossibilidade de execução ao adiar; esses propósitos são definitivamente cancelados pela instalação em indivíduos de visões desencorajadoras em que o estados depressivos eles são algo familiar. A adversidade no acesso aos objetivos de vida é um território fértil para se apaixonar porque simbolicamente constitui um caminho que abre caminho para o que se deseja. Sim, apaixonar-se implica atitudes fortalecidas para o desempenho das tarefas cotidianas ou, ao contrário, há abandono delas para investir mais tempo em tarefas de fazer amor com base na promessa de que um aumento na melhoria é visto em vários aspectos dela realização.

O fracasso das intenções tem na fórmula da frustração seu próprio caminho para o surgimento de desconfortos, desgostos, desconfiança e ressentimento, ou seja, pouca questão de emoções e suportes cognitivos benéficos para coexiste. É fácil imaginar que encontrar-se em uma relação de esmagamento com esses componentes não implicará a dissolução destes, ficará oculta ou permanecerá latente fazendo o investimento correspondente. O que não gosta se transforma em alegria. Desconfie em desistir de problemas pessoais. Os ressentimentos em expressões exageradas pelo prazer de existir.

Apaixonar-se como mercadoria.

Sentir-se apaixonado é expulso do maquinário de consumo. Quem se apaixona deseja, tendo como palco o mercado de produtos que servem de consolo para as carências. Televisão, cinema e certa literatura são vitrines genuínas para encontrar o amor que estimula o sentido de uma vida que transcende as rotinas. Mostra-se como uma oportunidade de ser uma pessoa melhor, quando é seu antípoda, se apaixona porque não é o que quer ser. Ele se apaixona porque não o tem. Desentendimentos profundos com o que é vivido facilitam a chegada do enamoramento. Então, as mensagens comerciais são para vender a miragem da satisfação. Incentivar o amor implica ter recompensas e estar disposto a se inscrever em certas dinâmicas de consumo. Já se apaixonar é em si um produto que ao mesmo tempo desencadeia a necessidade de continuar adquirindo outros insumos dela.

Não está promovendo uma linha de contra-paixão, como alguns pontos de vista críticos têm proposto, está reduzindo sua importância para dar prioridade ao esforço de fins individuais. Não esperar a presença de um estado indubitavelmente mitificado, com suposições mágicas que distorcem os padrões de desenvolvimento humano. As figuras de paixão não devem cancelar outras na vida humana tais como: criar ideias, construir opções para resolver problemas, inventar meios de relevância na história pessoal, buscar a mobilidade a transcendência espacial, conceitual, não deve ser condicionada por fatores determinados pela incursão de outra pessoa em sua própria vida como prêmio. Sim ao enamoramento que vem acompanhado de construções baseadas na racionalidade; não a se apaixonar que depende da manipulação de tipos fictícios de prazer.

Por que nos apaixonamos quando menos somos, quando menos temos - Paixão como mercadoria

Este artigo é meramente informativo, em Psychology-Online não temos competência para fazer um diagnóstico ou recomendar um tratamento. Convidamos você a ir a um psicólogo para tratar de seu caso particular.

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Referências

  1. Adler, Alfred (1984). O personagem neurótico. Barcelona: Paidós.
  2. Caruso, Igor (1989). A separação dos amantes. México: século XXI.
  3. Coria, Clara (1991). Dinheiro no casal. México: Paidós.
  4. Fromm, Erick (1983). A arte de amar. México: Paidós.
  5. Fromm, Erick (1986). O medo à liberdade. Madrid: Planeta.
  6. Goleman, Daniel (1997). Inteligência emocional. México: Vergara.
  7. Lemaire, Jean (1999). O casal humano. México. Século XXI.
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