É difícil falar abertamente sobre a nossa sexualidade com figuras tão importantes como o nosso pais, mas pode ser necessário que eles entendam as decisões que tomamos em nossos tempo de vida.
Com a chegada da puberdade, também chega a atração sexual e surgem dúvidas sobre o que gostamos e o que não gostamos. Desde pequenos, através da televisão, comentários familiares ou na escola, fomos ensinados que é normal gostarmos de pessoas do nosso sexo oposto. Porém, nem todo mundo é heterossexual, existem outros tipos de orientações e expressões da sexualidade, entre elas está a bissexualidade.
Se você acha que pode gostar de homens e mulheres e na sua cabeça, você fica se perguntando "Como posso dizer aos meus pais que sou bissexual?", recomendamos que você leia este artigo Psychology-Online. Nele você encontrará dicas e truques para aprender, passo a passo, como se comunicar abertamente sobre sua orientação.
Índice
- Como saber se sou bissexual
- Tenho medo de dizer que sou bissexual
- Passos para dizer a seus pais que você é bissexual
Como saber se sou bissexual.
Em primeiro lugar, é possível que dúvidas surgem e queremos ter certeza se somos bissexuais ou não. É um sentimento normal de incerteza, uma vez que não recebemos informações sobre outras orientações sexuais e ser bissexual não é algo normalizado (por enquanto). Aqui estão algumas perguntas que podemos fazer a nós mesmos, como um teste, para ter certeza de dar o passo:
- Gostaria de experimentar com alguém do mesmo sexo, mas ainda não fiz?
- Já senti que poderia ser homossexual, mas não me sentia bem?
- Eu fantasiei sobre fazer sexo com homens e mulheres?
- Senti coisas por uma pessoa de um gênero contrário ao parceiro que tenho ou tive?
- É tanto para mim ter uma relação estável com um menino do que com uma menina?
- Eu já senti que gosto de pessoas de todos os gêneros?
Se respondemos sim a mais de uma pergunta, é hora de considerar nossas preferências e começar a aceitar a nós mesmos e nossos sentimentos.
Assim que começarmos a aceitar nossa orientação, veremos que muitos mitos sobre a bissexualidade foram gerados. Devemos deixar claro que não é um capricho, que não é uma fase e não estamos confusos.
Tenho medo de dizer que sou bissexual.
Tanto a dúvida quanto o medo são sentimentos normais durante a descoberta de nossa orientação sexual. Como comentamos anteriormente, existem muitos tabus em torno dos gostos e preferências afetivas por sexo de todos nós que não somos atraídos apenas pelo sexo oposto. A falta de informação e o forte moral educacional instigam medos que devemos eliminar antes de comunicarmos à nossa família que somos bissexuais.
Devemos lembrar que não há nada de errado com nossos sentimentos e gostos, não estamos prejudicando ninguém e nossos comportamentos não envolvem nada de negativo no meio ambiente. O primeiro passo depois de nos descobrir é nos aceitar. Mais cedo ou mais tarde, para poder agir livremente, teremos que dizer ao mundo quem somos e como nos sentimos. Digamos, por exemplo, que nossos pais tenham que encontrar um parceiro que difere de suas expectativas, como lidamos com essa situação?
Ser bissexual não só não é ruim, mas é normal. Na verdade, muitos especialistas afirmam que todos nascemos bissexuais, porém, a pressão do meio ambiente ou as decisões gerado pelos diferentes pólos de atração sexual, devemos aceitar e normalizar socialmente esta orientação como qualquer outro.
Ao longo dos anos e das experiências que vivemos, vamos perceber que não estamos sozinhos, que muitas pessoas sentem de uma forma semelhante à nossa e que viver com medo de expressar essa parte dos nossos sentimentos é algo desnecessário.
Passos para dizer a seus pais que você é bissexual.
Se você ainda tem dúvidas e na sua cabeça a questão de "como dizer aos meus pais que sou bissexual", oferecemos a você um pequeno guia com ferramentas e dicas de expressão que vão tornar o momento mais fácil.
1- Encontre o momento certo
Nossos pais podem estar ocupados a maior parte do dia, e pode não ser uma boa ideia iniciar uma conversa séria rapidamente. Por isso, devemos escolher um dia em que sabemos que haverá tempo para ouvir e falar com calma. Uma vez que pensamos no melhor dia para falar com eles, devemos estruturar nossos pensamentos para saber exatamente o que queremos dizer a eles e como queremos dizer a eles.
2- Fale sobre seus sentimentos
A fim de comunicar-se empaticamente algo tão importante, você pode falar do prisma das emoções. Se nossos pais entenderem como nos sentimos e como é nossa orientação sexual vista de uma perspectiva mais pessoal, talvez eles nos entendam mais facilmente.
3- Mantenha a calma e não tenha medo
Os pais não são inimigos ou pessoas que querem nos prejudicar, embora seja verdade que não podemos controlar a reação deles, podemos gerenciar nossas emoções para levar a conversa da melhor maneira possível. Falar sobre nossa sexualidade é um passo muito importante e melhora o vínculo entre pais e filhos se a situação for tratada corretamente.
4- Ouça e entenda suas emoções
Nossos pais fazem parte de uma geração que viveu relativamente mais oprimida que a nossa, eles provavelmente se surpreenderão e reagirão ao receber a notícia. Porém, com certeza querem o melhor para nós e acabam aceitando que somos bissexuais. É importante ouvir e compreender as suas emoções para evitar que a conversa conduza a uma discussão e, desta forma, resolver o conflito de forma assertiva.
5- Espere um pouco e converse com eles novamente
Depois de dizer a eles que somos bissexuais, eles podem precisar de algum tempo para se ajustar e normalizar a situação. Depois de alguns dias, podemos trazê-lo à tona novamente para ter certeza de que eles entenderam tudo o que queríamos comunicar e nos apoiar nisso.
Podemos vir a sentir que eles não nos compreenderam e que não querem nos apoiar em nosso caminho depois de lhes comunicar a novidade. Nesse caso, teremos que desenvolver ferramentas internas para manter nossa estabilidade mental e evitar a geração de um autoestima baixa.
Este artigo é meramente informativo, em Psychology-Online não temos competência para fazer um diagnóstico ou recomendar um tratamento. Convidamos você a ir a um psicólogo para tratar de seu caso particular.
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